Meus Poemas-91.
A NOITE.
A noite vem caindo bem devagar,
Parece carregada de amargura,
Logo se faz densa noite escura,
Sem lua ou estrelas a brilhar.
O gigante de tudo se apodera,
Corre depressa até ao alvorecer,
Surgirá aquele que vai vencer,
Dia a dia como sempre fizera.
Canta o mocho e o grilo-ralo,
No silêncio da noite escura,
No canto mostra a formosura,
Até à alvorada o canto do galo.
Depois vem o dia bem devagar,
Trazendo claridade e sua beleza,
Surge o astro rei com sua realeza,
E corre o homem para trabalhar.
Por: António Jesus Batalha.
PEREGRINO.
Vai o peregrino andando lentamente,
Pelas veredas ermas e pedregosas,
Ruge o leão e feras na selva rumorosas,
Não teme noite escura que vem à frente.
Quando o forte vento sopra em sua vida,
Ou vem a tentação em horas afrontosas,
Levanta sua voz sem palavras duvidosas,
Vem socorro do alto que o alivia da fadiga.
Surge então novo dia nova madrugada,
Em seu interior cresce força vibrante,
Usa a sua espada com graça triunfante,
Até chegar à entrada da cidade imaculada.
Por: António Jesus Batalha.
A HISTÓRIA.
Passei no sopé do monte,
devagar e bem calado,
era noite e tanto chovia,
que o caminho eu não via,
tremia de frio, gelado.
O céu parecia um mar,
derramando-se sem descansar,
e eu,
ali num descampado,
ouvi um cão que ladrava.
Agarrei no meu cajado,
muito depressa andava,
com meu cajado na mão,
Logo cheguei onde estava,
o latido daquele cão.
Depressa bati à porta,
Um senhor veio atender.
Entre! depressa! venha comer,
e na lareira venha aquecer,
o corpo frio e molhado.
Na mesa estava servida,
uma boa sopa aquecida,
e um naco de queijo e pão.
Avivada a minha memória,
da hospedagem não abusar,
já não estava molhado.
Agradeci com um obrigado.
E é esta a minha história.
Por: António Jesus Batalha.
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