A Verdade Em Poesia.
Meus Poemas 100.
O MEDO.
Crescem as sombras das montanhas,
Como grandes e largos continentes,
Parecem hastes que saem da noite ingentes,
Ou braços gigantes de grandes aranhas.
Ali acontece muita coisa estranha,
Aparece a enorme e vil cobra ardente,
Nestas visões fica joelho tremente,
Faz-nos passar vergonha tamanha.
Quando de manhã o sol resplandece,
Tirando as dúvidas que o negrume traz,
As sombras das montanhas não são más,
E os braços gigantes tudo desaparece.
O coração fraco e tímido se fortalece,
Porque à luz do sol a vida é diferente,
Logo chega o pensamento impertinente,
Que chegando o escuro tudo aparece.
Por:António Jesus Batalha.
FOGO.
O fogo que arde em meu peito,
Queima o meu âmago inteiro,
É forte como grande braseiro,
Incêndio que por ninguém feito.
A pragana que pelo vento foi soprada,
Voou forte cravando-se em meu peito,
Gritou o poeta mas nada foi feito,
Escrevendo com tinta de lágrima rolada.
A água que a nuvem derramou,
Foi como gota que caiu no deserto,
Ou como o vento sem rumo certo,
Nenhum ramo verde no campo ficou.
E no intimo o poeta vai gritando,
Pela fonte forte e inesgotável,
Ou pelo Seu amor inigualável,
Sem rumos, os dias secos chorando.
Por: António Jesus Batalha.
DIFERENTE.
Me analiso e vejo-me diferente,
Vejo minha imagem e estremeço,
Quantas vezes não sou o que pareço,
Tenho falhas como toda a gente.
Espírito enfraquecido coração ardente,
Adoro O Senhor, admiro suas criações,
Ele liberta o ser de todas maldições,
Vivifica o saudável e cura o doente.
É forte gruta que abriga meu ser,
Nas tempestades é forte abrigo,
Cada dia se revela meu amigo,
Quantas vezes sem eu perceber.
O que desejo ser, eu não consigo,
É como que tenha cravado um espinho,
Mas, no deserto não estou sozinho,
Segue fiel amigo na frente do caminho.
Como preso ferido e algemado,
Que clama pela sua liberdade,
Pensa na luz do dia e sente saudade,
Viver no prado, servo curado.
Por: António Jesus Batalha.
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