A Verdade Em Poesia.

...

Meus Poemas 121.


Perdidos, Sonho,


A RUA.

Menino da rua,
Que vive ao relento,
Tem a luz da lua,
Seu amigo é o vento.

Como ave perdida,
Vive longe do ninho,
Com sua alma ferida,
Precisa de um carinho.

Noite fria, dorme no chão,
A parede é seu abrigo,
Um papel de colchão,
E sonha com um amigo.

De manhã ao levantar,
Com frio e muita fome,
No lixo vai procurar,
E dali o menino come.

Assim se vive sem rumo,
Criança mulher ou homem,
Suas vidas são como fumo,
Quem se importa, que morram de fome.
Por: António Jesus Batalha.


A Verdade Em Poesia,

NOITE DE INSÓNIA.

No meu pensamento cuidado,
Vi o pecador escravizado,
Seu caminho cego, analisei,
Parece embriagado com vinho,
Sente-se inseguro no caminho,
Vida que eu já me cruzei.

Peguei na Sagrada Escritura,
Fiz uma meditação e leitura,
Numa noite grande de insónia,
Pensei na terra, céu, mal e bem,
No triste mundo na bela Jerusalém,
Vi o povo cativo na Babilónia.

Voltei a ler o Livro Divino,
Que revela todo o nosso destino,
Examinei a leitura outra vez,
Então exclamei com um brado,
Parece eu ter ainda prenunciado,
Gritei! Sou um cidadão Português.

Li acerca de Moisés o santo profeta,
Toda a vida deixou de ser secreta,
Deus lhe revelava presente e futuro,
Tudo lhe dizia do povo de Israel,
Da nova cidade e da grande Babel,
Jerusalém erguida e do caído muro.

Então pensei na grande cidade eterna,
Pensei na Jerusalém cidade moderna,
Sob lindo azul de novos céus,
Todo o resto que sei tinha caído,
Mas a Palavra que tinha lido,
Ficou para sempre, no reino de Deus.
Por: António Jesus Batalha.


A Verdade Em Poesia, Alegria,

FLORES MORTAS.

No inverno a flore empalidece,
Parece que seu caule foi ferido,
Como que tivesse adormecido,
Ou uma doença ruim houvesse.

Quando a noite vai e amanhece,
Nota-se que a beleza tem partido,
Seu tempo de beleza tem vivido,
Beleza que foi não mais aparece.

Amiga beleza porque tanto fugiste,
Não me deixaste ficar como estava,
Agora o perfume que tanto inalava,
Foi também embora não mais existe.

No canto do jardim sem ar sufocada,
Como que amarrada à escuridão,
O jardineiro a segura com a mão,
E puxa-a pelo caule é arrancada.
Por: António Jesus Batalha.



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