A Verdade Em Poesia.

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Meus Poemas 34.


A Verdade Em Poesia,

CAMINHOS.

Desertos que percorridos,
Caminhos por que passei,
Sem serem passos vividos,
Nem no coração nascidos,
Veredas sós, que não criei.

Chuva que não desceu,
Como deserto que secou,
Porque a água não correu,
No jardim que não é meu,
Nem fui eu que o criou.

Porque o verão que não passa,
Castiga a vida somente,
Chegando a sombra da graça,
Enchendo a humilde taça,
Saciando a sede que a alma sente.

Subindo ao monte então,
Longe da sombra do medo,
Com dilacerado coração,
Pregando o rosto no chão,
Na sombra do arvoredo.
Por: António Jesus Batalha.


A Verdade Em Poesia,Paz,

DESERTO.

A força que sopra o deserto,
Num constante desafio,
Como o barco em rumo certo,
Que vai descendo o forte rio.

Torrentes que teimando,
Pra sair das suas grutas,
Por caminhos de vales soando,
A chegada de duras lutas.

Caído e amargurado,
No caminho percorrido,
Triste num andar parado,
Parece um mundo esquecido.

A verdade que trás a razão,
Como o sol que aclara o dia,
Quebra a amarga prisão,
Numa verdade que não via.
Por: António Jesus Batalha.


A Verdade Em Poesia,Alegria,

FUTURO.

Não quero ser um outro,
Apenas ser o que sou,
Sou grão da rocha tirado,
Que o vento desgasta ao passar,
Sou pólen que inseto não viu,
Sou vaso que se não vê,
Caminho noutro caminho,
Sou e não me conheço,
Ansiando na esperança do futuro.
Por:António Jesus Batalha.



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