A Verdade Em Poesia.

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Meus Poemas 124.


as-marcas,

AS MARCAS.

Há testemunhos que marcaram,
O rude caminho que percorreu,
Pés cansados, doentes tombaram,
Num caminho que não era Seu.

No cimo se avista o Calvário,
Onde por mim e por ti sofreu,
Mas era d`Ele este fadário,
Pois a lei Divina o prometeu.

Agoniza de tanto sofrimento,
Os meus pecados Nele caíram,
Ajuda do Pai nesse momento,
Céus fechados não o ouviram.

A via que o céu preparou,
Em sulcos cavados, profundos,
No seu corpo o mundo lavrou,
Com gemidos e gritos mudos.

A gratidão no meu prosseguir,
Leva-me a clamar e agradecer,
A graça bendita me faz sorrir,
Ela tirou do inferno meu ser.

Transformou meus sentimentos,
Na cruz minha miséria cravou,
Gravou em todos os elementos,
Não ficou na cruz, ressuscitou.

Uma linda promessa Ele deixou,
Numa real e bendita alegria,
Para os que, Sua marca ficou,
Prometeu, vir buscá-los um dia.
Por: António Jesus Batalha.


a-gralha-preta,

A GRALHA PRETA.

Dentro de sua saqueta,
Traz o João para casa.
Uma linda gralha-preta,
Com risco branco na asa.

Vinha alegre esta criança,
Correndo, saltando arbusto,
Na corrida ele se não cansa,
Mas respira com algum custo.

Ao chegar ele logo grita;
É a primeira que apanho!
Pai vê como ele é bonita!
Olha as cores e o tamanho!

Ela estava presa no mato,
Devagarinho fui pegá-la,
Pai vai tirar um retrato,
Para por na nossa sala.

Diz sua mãe, com carinho,
Libertar a ave ela queria,
Diz ao filho de mansinho,
Sei, como ela alegre vivia!

Põe a voar essa ave coitada!
Liberta a pobre gralha João!
Vê como ela treme assustada,
Coloca-a devagarinho no chão.

Queres então depena-la?
Escuta bem meu menino,
Terás pois de matá-la,
Queres ser um assassino?

O João pensou e de repente,
Coloca a ave no chão. E ela,
Abriu as asas livremente,
E voa através da janela.

Meu filho tu não perdeste,
Uma ave negra encantada,
Liberdade à gralha tu deste,
Deixou de ser ave assustada.

Cada um de nós se importe,
Com a dádiva Deus recebida,
Não deias a alguém a morte,
Se estás aqui para dar vida.
Por: António Jesus Batalha.


caminho agreste,

CAMINHO AGRESTE.

Caminho agreste e surdo,
Ali a brisa estremece,
O sol de dia não aquece,
E de noite congela tudo.

Passa no lago que fiz,
Em águas cristalinas,
Dali se vê as colinas,
Onde a vida é bem feliz.

Caminho que parece visão,
Numa noite bem dormida,
É registo na minha vida,
Ou uma verdadeira lição.

Quando a brisa estremece,
Me faz pensar em tudo,
Perante a visão fico mudo,
E minha alma desfalece.

Na colina vejo a luz,
Que ilumina o mer ser,
A alegria está no crer,
No nome Santo de Jesus.
Por; António de Jesus Batalha



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