Meus Poemas 13.
ESPOSA.
Como a esposa ao esposo,
Como o governo ao seu país,
Como a alegria no seu gozo,
Como o tronco à raiz,
És Tu Senhor para mim.
Como a luz na noite escura,
Como a fonte no jardim,
Como a água na secura,
Como o coro no festim,
És Tu Senhor para mim.
Como o remédio ao doente,
Como na calma a variação,
Como a fé ao que é crente,
Como a chuva no verão,
És Tu Senhor para mim.
Como o rio que sempre corre,
Como as floresta tropicais,
Como o tempo que não morre,
Como no campo os olivais,
És Tu Senhor para mim.
Como a mãe ao seu filhinho,
Como o bater do coração,
Como ave no seu ninho,
Como o chegado irmão,
És Tu Senhor para mim.
Por: António Jesus Batalha.
SEMEEI PENSAMENTOS.
Semeei pensamentos,
Que não pode apanhar,
Soprados pelo vento,
Como a força do mar.
Rios que sempre correm,
Sem nada para impedir,
Ecos que sempre morrem,
Sem os podermos medir.
Nascem sem serem semeados,
Crescem com uma razão,
Se continuam a ser regados,
Fazem-nos perder a razão.
Se a coisa se mostra feia,
É melhor fazer paragem,
Pra não ficar presos na teia,
Nem prejudicar a imagem.
Por: António Jesus Batalhas.
TUDO PERECE.
Neste mundo tanta beleza,
Tanta riqueza, não conhecemos,
Tantos planos que nós fazemos,
Tantos caminhos de incerteza.
O que fazemos e desfazemos,
É corrida que vai contra o tempo,
Tudo perece vai como o vento,
Agora há muito, logo não temos.
Tudo perece murcha a beleza,
Foge a riqueza, esfria o amor,
Passa a morte, disfarça o horror,
Passa a angustia e a incerteza.
Médico sábio que o doente cura,
O pintor que com lindas cores,
Enche a tela de lindas flores,
O ser alegre ou com amargura.
Tudo como o fumo seu fim terá,
O brilho da virtude, vida segura,
A linda donzela de vida pura,
Tudo neste mundo, seu fim terá.
Por: António Jesus Batalha.
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