Meus Poemas 14.
QUERO PARA MIM.
Quero para mim força e coragem,
Coragem que no peito se mete,
Como o raio de sol numa paisagem,
Com cálculos certos dos que agem,
Ecos que na terra se repete.
Dentro dessa luz a alma chora.
Com o Brilho que se ilumina,
Trás esperança numa aurora,
Brilha na alma a luz divina.
Quero viver com esta alegria,
Longe de tristeza e melancolia
Deixar brilhar em mim esta coragem,
Raio de luz que em mim brilhou,
Em meu coração se tornou,
Numa eterna e linda paisagem.
Por: António Jesus Batalha.
QUERIA SER POETA.
Quem me dera poeta ser,
Com trombeta proclamava,
Para poder então escrever,
Tudo o que de bem eu achava.
Vejo o homem em decadência,
Tenho vontade de gritar,
Acaba com essa demência,
Essa vida tens de largar.
Dilacerado e triste coração,
Tens alegria para ti afinal,
Deus tem de ti compaixão,
Quer dar-te a Paz Divinal.
O tempo eu agora parava,
Para mais tempo eu ter,
Com trombeta proclamava,
Quem me dera poeta ser.
Por: António Jesus Batalha.
CATIVEIRO.
Depois que me ausentei,
Sem saber o tempo gastava,
Pessoa triste me tornei,
Nas árvores pendurei,
Os instrumentos que tocava.
De meus olhos foi arrancado,
Perante um rio corrente,
Sião foi tempo passado,
Babilónia um mal presente,
Como pode ser comparado?
Canta prisioneiro alegremente,
Canta refreia esse medo,
Canta oh ceifeiro contente,
Debaixo do todo arvoredo,
Canta pois a dor menos sente.
A menos que perca a razão,
Seria isso causa idónea?
Não abrandava a paixão,
Se cantasse em Babilónia,
As canções da minha Sião.
Por: António Jesus Batalha.
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