Meus Poemas 24.
A VIDA.
A florzinha que sempre vivia,
Em tão grande alegria,
E comunhão com todo o ser,
Passam dias, meses e anos,
Suas raízes sofrem danos,
De sua beleza já não ter,
Depois de linda flor,
Sai dela todo o esplendor,
Pela determinação,
Tristes e sem poder,
Para fazer a flor viver,
Temos de entregá-la ao chão.
Chegando esse dia,
Que é Deus quem sentia,
A extinção de todo o ser,
A florzinha vai secando,
Seu caule vai murchando,
Lentamente até morrer.
Por: António Jesus Batalha.
DA LAMA.
Da lama e pó fui tomado,
Nas Suas Mãos esta massa fria,
O Oleiro moldou num só dia,
O saber e querer me há dado,
Bruto barro em Suas Mãos moldado.
Vida emprestada dias formosos,
Passando o tempo a beleza perece,
Em peito rasgado amor fortalece,
Sabendo que haverá mais puros gozos.
Deus me conserve sempre a esperança,
No meu peito rasgado a boa lembrança,
Que Deus é Senhor de tudo erguido.
Nesta vida arda fogo intenso,
Como rio que corre pró mar imenso,
Do meu Rei e Senhor, jamais esquecido.
Por: António Jesus Batalha.
MOSTRA SENHOR.
Mostra-me Senhor, em que deserto,
Em que sítio de minha vida encerra,
Enquanto me dás vida na terra,
Como o céu pode ficar mais perto.
Perante a vida ando em descoberto,
Mesmo quando o inimigo faz guerra,
Tua Vida dentro de mim vitória encerra,
Me ilumina para ver o que está certo.
Mas só, não posso me defender,
Se por ti, não for acompanhado,
Sozinho decerto me irei perde.
A certeza de estares ao meu lado ,
Isto jamais me vou esquecer,
Ante Tua face sou lembrado.
Por: António Jesus Batalha.
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