Meus Poemas 26.
CAMINHADA.
Homem chamado sem nada saber,
Leva cajado perante Faraó,
Ele e o irmão os dois vão só,
Deixa ir o povo onde Deus quer.
Cajado na mão o rio abriu,
Pedra rasgada água a correr,
Chuva caída para comer,
Monte a tremer parece de frio.
Nada impede do povo seguir,
Conhecem caminho para ir,
Caminhantes sempre erraram.
A ira de Deus sobre os consumiu,
Todo o desobediente no deserto caiu,
Na terra prometida só dois entraram.
Por: António Jesus Batalha.
A PAIXÃO.
Quem é aquela que anda assim pela vinha,
Na noite pelas ruas meio encoberto,
Com passos lentos, tentando ver o incerto,
Com seu respirar manso de criancinha?
Talvez tenha acordado do sonho que tinha,
Pensava que seu amado estava perto,
Corre pelas ruas como num deserto,
Pergunta a quem, resposta, não vinha.
Amigas minhas se viste o meu amado,
Dizei-lhe depressa que eu dormia agora,
E que ele pode ir alegre e descansado.
Sim eu tinha adormecido, conforme,
Sempre meu costume, dormir, embora,
Que meu coração, é que nunca dorme.
Por: António Jesus Batalha.
PENSAMENTO.
Muitas vezes o pensamento,
É como um cavalo refreado,
Que numa corrida é levado,
A transformar o comportamento.
Pára como o cavalo alucinado,
Que tem à frente abismo rasgado,
Tens força! pára um momento.
Pára essa louca correria,
Antes que seja tarde de mais,
Pois o caminho por onde vais,
Leva-te a uma noite escura e fria.
Por: António Jesus Batalha.
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