Meus Poemas 41.
MONTE SECO.
Olho para o seco e estéril monte,
Duma sequidão inútil e disforme,
Onde as aves e a fera não dorme,
Nem rio ou regato nele corre,
Não passa rio, nem nasce fonte.
Sem encanto torna-se aborrecido,
Vejo vereda que desce pela encosta,
Miragem rude e inútil mal composta,
Sem que se ouça ali um gemido.
Vendo o contraste fica na memória,
Parece que nos fala toda a natureza,
Mostra o estéril monte a sua beleza,
Eleva-se como pertencendo à realeza,
Sendo criação de Deus, com Sua glória.
Por: António Jesus Batalha.
AVANTE.
OH peregrino fiel,
Caminha sempre avante,
Pela vereda da justiça,
Olhando para Deus,
Tudo abandonando,
Apressa-te,
Sem para trás olhar,
A entrada contempla,
Até alcançares o prémio,
E a entrada no céus.
Por: António Jesus Batalha.
SÊDE DE TI.
Minha sede por ti Senhor,
É difícil de explicar,
Que rios corram do teu Amor,
Para minhalma seca saciar.
Comparo ao cervo no monte,
Que quer sua sede matar,
Flua a água da tua fonte,
Para minha alma inundar.
A secura experimentada,
Só por ti é conhecida,
Como terra seca e cansada,
Que precisa ser amolecida.
Mais do que se possa dizer,
Ou grandes livros escrever,
Anelo por ti Senhor.
A ti sem palavras me render,
Sei que sabes entender,
Por ti, todo o meu Amor.
Por: António Jesus Batalha.
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