Meus Poemas 55.
A ÁRVORE.
A sombra que da árvore fugiu,
Fugiu sem saber a razão,
À procura do sol que não viu,
Na corrente forte de um rio,
Entoando a sua bela canção.
Brilha no alto a lua cheia,
Acarinhando tudo ao redor,
Trazendo à árvore o que anseia,
A sombra que agora passeia,
Ao redor de si com muito amor.
A aragem que veio beijar,
A árvore, e com forte abraço,
Repara a lua ao passar,
Que a árvore se está a abanar,
Mas não é de frio nem cansaço.
Numa dança envaidecida,
Não repara que o tempo passou,
O vento dá a sua despedida,
E a lua começa a descida,
Até que a aurora chegou.
Por: António Jesus Batalha.
O AMOR.
És para mim mulher formosa,
A mais bela no vasto Universo,
Em cada dia no teu amor imerso,
És no meu jardim uma linda rosa.
O teu brilho como raio da aurora,
Na minha vida sopras como o vento,
Ficas ao meu lado a cada momento,
O amor de hoje é como de outrora.
Foi dádiva para mim te conhecer,
Como rio que corre entre os arvoredos,
Em vida vivida sem ter segredos,
Dou graças a Deus pelo amanhecer.
Nos dias que o sol não quer brilhar,
Nem se encontra sorriso ao amanhecer,
A luz da amizade vem sem entardecer,
Com a força do amor no coração raiar.
Por: António Jesus Batalha.
A SEMENTE.
De manhã sopra a brisa,
Pela tarde há tempestade,
Lança a semente precisa,
Dará fruto para a eternidade.
Se vem do sul ou do norte,
Mesmo que venha do oeste,
O semeador que não se importe,
Pois o lavrador vê o que fizeste.
Abre tua boca sobre aterra,
Fala ao ser desesperado,
A semente no coração se enterra,
Para fazer um servo marcado.
Vai a noite vem a madrugada,
Brilha então a verdadeira luz,
Libertando a alma cansada,
O Glorioso Nome de Jesus.
Por: António Jesus Batalha.
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