
MUSGO.
Porque cresce o musgo no rochedo,
Ou o rosmaninho na montanha,
Vive o homem cheio de medo,
Numa vida desleal e estranha.
Num caminho escuro de enredo,
De uma obscuridade tamanha,
Parece que vive de um segredo,
Em rio que o deserto banha.
Sinto os passos dessa demência,
Que se apressam num cadência,
Para sua voraz destruição.
Clamo mais alto que as estrelas,
As Palavras de Deus mais belas,
Tragam a estes a vera salvação.
Por: António Jesus Batalha.

VOZES.
Soa as vozes das árvores e do vento,
Como que passando sonho doloroso,
Padecendo com grande dor e tormento,
Expressando seu grande sofrimento,
Embalados por encanto poderoso.
Chilreiam com graça as aves do céu,
Num grande clamor misterioso,
Dizem que nada têm de seu,
Esperando o que Deus lhe deu,
Porque de sua vida é cuidadoso.
E tu que tão grande valia tens,
Para Deus, porque por ti tudo deu,
Seu Unigénito que por ti morreu,
Para dar-te morada no céu,
Porque agora a Ele não vens?
Por: António Jesus Batalha.

SOPRO.
O grande amor ao dinheiro,
Dos que as mãos do pobre despem,
Como que o vento na força abrisse,
As janelas do corpo nu.
Rasgam a vida do pobre,
Como sol que abrasa o deserto,
Rios que correm para o mar,
Sem controlo insaciável.
Crescem como árvore desalinhada,
Como noite escura que vem caindo,
E o pobre que na vida vai,
Chorando sem ter um sonho.
Mas sei que um dia Ele virá,
Como um sonho que de repente,
Se abrisse o mar e solto o vento.
Traz galardão para toda agente.
Por: António Jesus Batalha.
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BOA TARDE, Antonio Batalha, conheci outros blogs seus, esse não conhecia, já estou lhe seguindo. Muito bonito seus poemas, parabéns.
ResponderEliminarGrata pela visita!
Abraço
Taís
Obrigado Tais, por ter vindo visitar meu blog, também estou seguindo o seu blog-
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