A Verdade Em Poesia.

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Meus Poemas 44.


Como o fumo, Criação, Deus,

DESERTO.

Desertos que percorridos,
Caminhos por que passei,
Sem serem passos vividos,
Nem no coração nascidos,
Veredas sós, que não criei.

Chuva que não desceu,
Como deserto que secou,
Porque a água não correu,
No jardim que não é meu,
Nem fui eu que o criou.

Porque o verão que não passa,
Castiga a vida somente,
Chegando a sombra da graça,
Enchendo a humilde taça,
Saciando a sede que a alma sente.

Subindo ao monte então,
Longe da sombra do medo,
Com dilacerado coração,
Pregando o rosto no chão,
Na sombra do arvoredo.
Por: António Jesus Batalha.


 Meus Poemas, Palavras,Salvador, Sonho,

UMA LÁGRIMA.

Uma lágrima derramada,
Na escuridão da noite,
Do caminho que vivido,
Na luz do sol que não morre,
Da sombra que trás a secura,
No espreitar a luz da noite,
De mansinho sem nada querer,
Vai correndo como um ribeiro,
Ganhando força na descida,
Alagando a planície,
Sem nada que impedir.
Por: António Jesus Batalha.


Poesia, Salvação, Salvador, Sonho,

O GRITO.

Grito de boca fechada,
Num vale que não conheço,
Ecos da sombra passada,
Na vida que foi mudada,
Em lagos que desfaleço.

Deitado no caminhar,
Com pedra no coração,
Em deserto a desmaiar,
Esperando o sol raiar,
Ou uma forte amiga mão.

Torrentes que vêm teimando,
Para sair das suas grutas,
Sombras do vale queimando,
Como ocas trombetas soando,
O aproximar das fortes lutas.

Porque existe eu não sei,
O caminho da dura cruz,
Mas purificado eu serei,
Feito filho do Eterno Rei,
E um remido por Jesus.
Por: António Jesus Batalha.



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